Os Jardins Suspensos da Babilônia são considerados uma das Sete Maravilhas do Mundo Antigo. Entretanto, eles são um verdadeiro mistério até hoje, pois não se sabe onde ficavam nem como eram! Aliás, estudos atuais apontam que eles nem ficavam na Babilônia.
Desvende conosco a história desses Jardins Suspensos (e secretos). Boa leitura!
Jardins Suspensos da Babilônia atualmente
Em primeiro lugar é importante saber de uma coisa: não espere ver fotos de como os Jardins Suspensos da Babilônia estão atualmente! Por quê? Porque não existem mais. Hoje em dia, há apenas ruínas nos possíveis locais em que ele teria existido. Então, todas as imagens e os desenhos que você verá aqui foram criados por especialistas, com base em dados e informações construídas a partir da história.
Durante muitos séculos, historiadores acreditavam que estes jardins tinham sido parte de um reinado da Antiguidade, sendo construídos por um imperador da Babilônia. Entretanto, em 2013, a pesquisadora Stephanie Dalley da universidade de Oxford, localizada no Reino Unido, divulgou que os famosos jardins teriam sido construídos numa região denominada, no passado, de Nínive, atual Mosul, no norte do Iraque.
Ou seja, os Jardins estariam localizados a 550 km da localização que se imaginava inicialmente!
Infelizmente, a pesquisadora não conseguiu ainda analisar o solo da região em que acredita ter encontrado os Jardins Suspensos da Babilônia, pois a região está em conflito armado e é muito perigosa.
Agora confira as diferentes versões estudadas sobre os famosos Jardins Suspensos da Babilônia: como eram, onde estavam e por quem foram construídos.
Quem criou e onde ficavam os Jardins Suspensos da Babilônia: as diferentes versões da história
As diferentes versões da história tem uma região maior em comum: a Mesopotâmia (do grego, "terra entre rios"). Atualmente, esse território é ocupado pelos seguintes países: Iraque e Kuwait, partes orientais da Síria e regiões das fronteiras Turquia-Síria e Irã-Iraque.
No passado, essa região, por ter os rios Tigre e Eufrates, era considerada extremamente forte para a agricultura. Foi, portanto, o local onde se formaram algumas das primeiras civilizações da Antiguidade: os sumérios, os acádios, os assírios, os babilônios e os caldeus.
Os Jardins foram criados a mando de Nabucodonosor II - A primeira versão da história
Até a descoberta da investigadora ser divulgada, historiadores acreditavam que os Jardins Suspensos da Babilônia teriam sido construídos pelos babilônios, durante o Império de Nabucodonosor II (605 a.C – 561 a.C). Os jardins teriam sido construídos no terreno do grande palácio da Babilônia, atual cidade de Hillah, no Iraque.
Ainda segundo essa versão da história, os Jardins Suspensos da Babilônia foram construídos com o objetivo de deixar feliz a esposa do rei, que sentia saudades da sua vida antiga próxima à natureza.
Essa história encontrava bases nas citações do sacerdote babilônico Beroso, que se referia a um jardim construído a mando do rei. Entretanto, pesquisadores não haviam encontrado evidências da existência desse jardim, nem por relatos escritos nem por buscas arqueológicas nas ruínas.
Desse modo, os Jardins Suspensos da Babilônia eram considerados um verdadeiro mistério e alguns estudiosos chegavam a duvidar de sua existência! Por serem apenas encontrados em poemas gregos e romanos sobre os jardins, havia teorias de que eles poderiam fazer parte de uma criação poética da época.
Os Jardins foram criados a mando de Senaqueribe - A segundo versão da história
Em 2013 Stephanie Dalley chegou com a descoberta: esses jardins devem mesmo ter existido, mas em outra parte do Iraque! Então, para ela e sua equipe de pesquisa, os jardins suspensos foram construídos na antiga cidade de Nínive.
Essa investigação afirma que os Jardins Suspensos da Babilônia devem ter sido construídos pelo rei Senaqueribe (810 a.C - 783 a.C) que liderava os povos assírios, rivais dos babilônios!
Antes da descoberta, já existiam alguns dados que contavam sobre a construção de um grande jardim pelos assírios, mas não se acreditava que fossem, na verdade, os famosos Jardins Suspensos da Babilônia. Afinal, o império dos babilônios era mais conhecido pela beleza e pelas artes, enquanto o império dos assírios era visto como mais conflituoso.
Essa versão da história é também reforçada pela razão de que os assírios chegaram a conquistar a Babilônia, denominando Nínive de "Nova Babilônia", o que poderia reforçar uma futura confusão sobre a que império os jardins pertenciam.
Para chegar a esta conclusão, a pesquisadora estudou alguns registros em escrita cuneiforme (um dos primeiros modos de escrever da antiguidade), onde viu dados que tinham sido mal interpretados anteriormente.
Ainda, foram identificados longos aquedutos com inscrições do rei Senaqueribe, cuja existência ajudou a confirmar a tese dela, pelo fato de os aquedutos serem uma forma de conduzir a água dos rios até os belos jardins suspensos.
Dalley relata haver escritos antigos em que Senaqueribe afirma querer fazer jardins que encantem a todos à sua volta.
Como eram os Jardins Suspensos da Babilônia?
Como os jardins não existem mais, não há muitas informações sobre como eram esteticamente os jardins. Assim, tudo o que se sabe faz parte do imaginário, da poesia grega e romana e de alguns registros da escrita cuneiforme.
Historiadores afirmam que essas eram algumas das características dos Jardins Suspensos da Babilônia (ou de Nínive):
- seis terraços em forma de andares;
- grandes colunas apoiando os andares, de cerca de 100 metros cada;
- belas e exóticas árvores importadas;
- decoração composta de estátuas de deuses e obras de arte espalhadas pela sua extensão;
- belas flores de diversos tipos.
Assim, localizados nos diferentes terraços, com alturas diversas, os jardins pareciam mesmo estar suspensos no ar.