A luz viaja a uma velocidade constante de 1.079.252.848,8 (1.07 bilhões) quilômetros por hora, no vácuo. Isso equivale a 299.792.458 m/s, ou cerca de 670.616.629 mph (milhas por hora).
Em teoria, nada pode viajar mais rápido que essa velocidade, mas o que aconteceria se conseguíssemos alcançar ou superar a velocidade da luz?
Uma rápida viagem pelo sistema solar
Se você pudesse viajar à velocidade da luz, você poderia circular o planeta Terra aproximadamente sete vezes e meia em apenas um segundo.
Colocando esse número em perspectivas astronômicas, a distância média da Terra para a Lua é de 384.398 km. Nesse caso, você atravessaria essa distância em aproximadamente um segundo.
Já a distância do Sol para a Terra é de cerca de 149.597.886 km (92.955.817 milhas), o que significa que em apenas 8 minutos você poderia fazer essa viagem.
Indo mais além: o ano-luz
A distância que a luz viaja ao longo de um ano é chamada de ano-luz, sendo essa uma medida de distância.
Para você entender melhor essa medida, pense que a luz viaja da lua para os nossos olhos em cerca de 1 segundo, o que significa que a lua está a cerca de 1 segundo-luz de distância. Já a luz do sol leva cerca de 8 minutos para chegar aos nossos olhos, então o sol fica a cerca de 8 minutos-luz.
As estrelas e outros objetos além do nosso sistema solar costumam estar desde alguns anos-luz até alguns bilhões de anos-luz de distância. Isso quer dizer que mesmo viajando na maior velocidade que existe, você poderia levar alguns anos caso quisesse visitar algumas estrelas vizinhas.
O que aconteceria se pudéssemos viajar à velocidade da luz?
Pode parecer uma boa ideia para se explorar o universo, mas na prática seria bem diferente.
Se viajássemos em uma velocidade perto da velocidade da luz, experimentaríamos uma desaceleração, ou seja, o tempo se moveria mais devagar para nós do que para as outras pessoas. Se você realmente chegasse à velocidade da luz, o tempo pararia completamente. E caso se pudesse ir mais rápido do que a velocidade da luz, o tempo começaria a retroceder!
Nessa velocidade, seu campo de visão também mudaria drasticamente. O mundo apareceria através da janela da sua aeronave em forma de um túnel. Além disso, as estrelas na sua frente apareceriam em azul e as estrelas atrás de você apareceriam vermelhas.
Isso ocorre porque as ondas de luz das estrelas na sua frente iriam se aglomerar, tornando os objetos azuis, enquanto as ondas de luz das estrelas atrás de você se espalhariam e apareceriam vermelhas.
Podemos chegar à velocidade da luz?
Apesar de parecer uma experiência incrível, a viagem na velocidade da luz é impossível para nós. Isso porque de acordo com a teoria geral da relatividade de Einstein, quanto mais rápido um objeto se move, mais a sua massa aumenta.
Considerando que a velocidade da luz é de 1.07 bilhões km/h, se um objeto se movesse a essa velocidade, sua massa se tornaria infinita. Portanto, será necessária energia infinita para mover o objeto, o que é impossível.
Uma viagem ao passado
Apesar de não podermos viajar na velocidade da luz, observar os objetos de grandes distâncias pode ser encarado como uma grande viagem ao passado.
Quando os astrônomos estudam objetos que ficam a um ano-luz ou mais, eles estão observando esses objetos da forma como existiam no momento em que a luz o deixou. Ou seja, eles estão vendo o passado.
Este princípio permite que os astrônomos vejam hoje como o universo estava no período do Big Bang, que aconteceu cerca de 13,7 bilhões de anos atrás.
Ou seja, se examinarmos um objeto que está a 10 bilhões de anos-luz de distância por meio de um telescópio, nós estaremos vendo como eles eram há 10 bilhões de anos atrás, relativamente perto do início do universo, e não como eles são hoje. Por causa do tempo que a luz demora a chegar na Terra, também conseguimos observar estrelas que já estão mortas e não existem mais.
Podemos dizer que olhar para o céu é como fazer uma viagem no tempo, onde podemos ver o passado do nosso universo.